03 February 2010

(500) dias com ela


Eu assisti o filme 500 Dias com Ela (500 Days of Summer) um tempinho atras, mas só agora senti vontade de escrever sobre ele. Não sei o que os críticos disseram, e também não escutei a opinião de ninguem sobre o filme, pois assisti sozinha pela internet. Acho que é o melhor jeito de descobrir as coisas. Percebi depois de um tempo o quanto uma companhia durante um filme ou uma simples opinião de outra pessoa antes do filme pode afetar as nossas impressões ao seu respeito. Não foi o caso com esse filme. Eu já estava super animada em assistir pois sempre fui fan de Heath Ledger, desde que assisti The Four Feathers, e o ator principal lembra muito ele. Não quero disfazer da sua individualidade, é que não conheço o seu trabalho muito bem ainda. Porém, gostava muito de Zooey Deschanel, até baixei o album do She & Him e sei todas as musicas de có. Mas depois de um tempo assistindo os filmes dela, me desencantei um pouco. Especialmente depois de ter assistido O Fim Dos Tempos (The Happening), que foi mais engraçado do que qualquer outra coisa. Então tenho que confessar que já comecei assistindo o filme com um pouco de ressentimento pela Summer, não sei porque, mas tenho mania de involver a minha opinião do ator com a sua personagem. Achei o filme muito bem bolado, adorei a falta de ordem dos acontecimentos, já que é impossível organizar os dias e assistir o filme ao mesmo tempo. Achei brilhante como essa técnica foi usada pra dar foco, não na cronologia da estoria, mas sim nela como um todo. O roteirista conseguiu passar um sentimento generalizado e ao mesmo tempo dar valor as emoções nos pequenos detalhes. A atuação de Joseph Gordon-Levitt é apaixonante. Não vou mentir que durante o filme estava torcendo para ele conseguir tudo que queria. Também gostei do trabalho de Zooey, mesmo achando que todas as suas personagens parecem ter o mesmo perfil...o dela, que as vezes com sorte acaba encaichando bem na estoria (foi o que aconteceu nesse caso). Não assiti todos os seus filmes ainda e tenho certeza que no futuro mudarei minha opinião sobre ela, pois sempre estou aprendendo mais sobre tudo e acabo mudando minha maneira de pensar por causa disto. Mas sim, esse foi um daqueles filmes que não me deixou pensar em outra coisa. Ele tem um clima diferente, assim como Wristcutters: A Love Story (baseado na escrita de Etgar Keret), Encontros e Desencontros (Lost in Translation) e Está Tudo Iluminado (Everything Is Illuminated)-não são só estes, existem muitos mais- todos estes filmes tiveram um efeito similar sobre mim. Fui dormir, acordei, vivi meu dia no clima dos filmes. Mas este filme foi o mais romântico e real que já assisti. Encontros e Desencontros foca na mesma idéia de que os detalhes criam uma relação. Porém em 500 dias existe uma relação bem mais íntima e longa, que com certeza foi o que causou o meu coração a se estrassalha junto com o de Tom quando perdeu Summer. Passei um tempo me sentido parte do filme, e acho que o responsàvel pela estoria se alegraria em saber que o final do filme nao significou o final do seu impacto. Pois, apesar da relação de Tom e Summer ter terminado e ele ter conhecido uma outra mulher (que aparentemente -por se chamar de Autumn- teria um fim semelhante) ele não tinha superado ainda a dor causada pelos acontecimentos antecedentes. EU TAMBEM NÃO. Depois de um tempo, enquanto pesquisava outros filmes para assistir, fui parar na página do filme no IMDB e li algums comentarios no forum. Muitos deles diziam como a Summer foi ruim e egoísta. Confesso que eu pensei a mesma coisa. Mas quando li um comentário que dizia: O filme conta a relação dos dois do ponto de vista de Tom. Mas claro! Eu estava tão envolvida com os seus sentimentos, que esqueci que estava analisando somente os seus sentimentos. Li outro que criticava os comentários contra Summer, e dizia que se a estoria fosse contada por ela, iria ficar bem mas claro a dependencia e fraqueza de Tom. Me senti um pouco culpada depois de ter lido isso. É verdade, do mesmo jeito que Tom culpou Summer eu também culpei. Summer tinha suas próprias vontades, e ela sempre dizia para ele que não queria nada sério, só que como ele estava tão feliz que ela estava o deixando se aproximar dela ele não se deu conta de que ela não estava se apaixonando por ele. E assim fica, uma desilusão amorosa, SUPER real, que acontece com todos- mesmo sem perceber.

Quero ser honesta- cheguei a culpar a atuação de Zooey por não deixar claro as intenções de sua personagem. Mas pensando bem, acho que os dois atores foram tão brilhantes que acabamos nos envolvendo na trama e perdendo a razão. (Nos -aqueles que culpamos Summer)

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